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Enfim, Voltaço conhece a primeira vitória na Superliga


30 de novembro. Eles não sabiam ao certo, mas esse era o dia tão esperado. O dia da primeira vitória do Voltaço Vôlei. Eles, os jogadores, dirigentes, comissão técnica e torcedores até sonharam com uma surpresa nas seis primeiras rodadas. Como ela não aconteceu, ficou para o jogo contra o Montes Claros, em casa. Mais uma derrota. Quando a má fase parecia não ter fim, a vitória enfim chegou. 3 a 0, mesmo jogando fora de casa contra o Funvic Taubaté.

Essa vitória vem com sotaque estrangeiro. Cueva, da República Dominicana, que estreou na última rodada já com algum destaque, foi o maior pontuador do jogo de hoje com 16 pontos. Desta vez, o Voltaço não deu espaço para o adversário, equipe que antes da Superliga começar havia vencido a queda de braço que foi a contratação de Giba - que acabou se transferindo para os Emirados Árabes recentemente. Destaque também para o líbero Daniel, vencedor do troféu Viva Vôlei. No fim, foram três sets bem vencidos, com parciais de 21 a 16, 21 a 14 e 21 a 19.

Vantagem invertida

Com a nova regra de sets com 21 pontos, quem abre três pontos de vantagem já fica com meio caminho andado. É apenas uma teoria, mas, a julgar pelos jogos do Voltaço, tem sido uma teoria bem eficiente. De cara, o Taubaté abriu dois, antes mesmo do Voltaço pontuar. Mas a equipe não deixou que a vantagem fosse aberta. Foi igualando o jogo, melhorando o ataque e empatou a partida. Melhor que isso, ultrapassou os donos da casa e com os potentes ataques do dominicano Cueva, abriu a vantagem de três pontos em 10 a 7. Ainda subiu mais um ponto em 12 a 8 e manteve por algum tempo. Pouco tempo. Quando estava em 15, viu o time da casa empatar. Com a torcida em cima, o fim parecia desenhado, mas Brunão e companhia se reinventaram no jogo e voltaram a abrir quatro pontos em 19 a 15. No fim, Fidele fechou o set bem vencido por 21 a 16.

O segundo começou com um Cueva inspirado. Foram três pontos logo no início e o Volta Redonda abriu quatro pontos de vantagem em 7 a 3. Depois foi a vez de Renato chamar a responsabilidade com mais quatro pontos. A defesa deixava pouco espaço para o Taubaté, somente Leandrão ainda conseguia alguma brecha. Mas, enquanto o oposto do time da casa somava seis pontos, o dominicano Cueva marcava o sétimo dele em 20 a 14 para o Voltaço. Renato fechou o segundo set no ponto seguinte, 21 a 14 e pela primeira vez na Superliga 2013/2014 o Voltaço vencia dois sets em um mesmo jogo.

A vantagem de três pontos não demorou a aparecer no terceiro set. Mais uma vez, para o Voltaço. Mais uma vez com Cueva liderando as estatísticas de maior pontuador. Em 8 a 4, abriu bem a vantagem que administrou bem até o fim do set, quando ainda tomou um pequeno susto com uma ameaça de reação dos donos da casa. Coube a Léozão marcar o ponto final para fechar o terceiro set em 21 a 18.

A equipe vai buscar a segunda vitória na Superliga diante do UFJF, no Ginásio da Ilha São João, na próxima quarta-feira, às 20h.

Em pé de igualdade



Machões, reivindiquem a 'Lei João da Penha'; elas chegaram com tudo! 

Chega ao fim neste sábado a 18ª temporada do TUF (The Ultimate Fighterdos EUA, o reality show que alavancou a marca UFC em sua primeira temporada com a luta histórica entre Forrest Griffin e Stephan Bonnar e que de lá para cá foi só sucesso. 

Desta vez a novidade foram as mulheres, que se misturaram aos homens e formaram os dois times - formato já conhecido e repetido em todas edições. A lindíssima e campeã Ronda Rousey comandou um dos times enquanto outra belaMiesha Tate, que será sua desafiante, comandou a outra equipe. As duas treinadoras se enfrentam no UFC 168, no fim do ano, já muito esperado pela revanche de Anderson Silva contra Chris Weidman. E até lá, muita água vai rolar. As duas protagonizaram a maior rivalidade entre treinadores que o público do reality já viu, com direito a ofensas, dedo do meio e tudo que uma boa confusão tem direito. Vamos ver se elas vão colocar isso tudo dentro do octógono e promover uma bela luta. 

Amanhã, a luta principal fica por conta do irritadinho e marrento Nate Diaz contra a fera Gray Maynard e o restante do card contará com muitas mulheres e homens que estiveram na casa. As finais que definem os campeões serão entre Chris Holdsworth e David Grant, e pelo o sexo que se mostrou nada frágil o bicho pega entre Jéssica Rakoczy e a venezuelana Julianna Pena. 

O evento conta com a presença de um brasileiro, Rani Yahya, pelo qual não tenho empatia. Acho meio robô, falta o coração, mas vamos torcer pra ele, é claro! 

Agora um SALVE para a mulherada! Me rendo à vocês! 

Já disse por aqui que lutas femininas não me empolgavam, que era ruim, e por aí vai. Quanta baboseira eu falo, não? Assistindo ao TUF 18, vi excelentes lutas e queimei a língua e agora digo em voz alta: estão em pé de igualdade! 

Amanhã lutadores e lutadoras desconhecidos se apresentarão, mas vá na minha, não leve isso em consideração; acompanhei os episódios e tem muita gente boa. E não se surpreenda ou fique decepcionado por não encontrar sensualismo em mulheres lutando com pouca roupa. Sangue, hematomas, rostos desfigurados e desmaios prometem trair sua imaginação. Bom UFC! 

Gabriel Pereira

Voltaço agenda amistosos para dezembro e janeiro

- Voltaço de Gatti tem amistosos para dezembro (foto: Felipe Vieira) -
Com reapresentação do elenco marcada para o próximo dia 2, o Volta Redonda já agendou quatro amistosos preparatórios para o Campeonato Carioca. São José e Taubaté serão os adversários, duas vezes cada. Se nenhum outro amistoso for marcado antes, o time do novo treinador Tarcísio Pugliese vai ser testado pela primeira vez dia 22, contra o São José, no Estádio Martins Pereira, casa do adversário.

Depois do Natal, mas ainda longe de casa, será a vez do Taubaté, no dia 29. Em agosto, na preparação para a Copa Rio, o time então comandado por Cairo Lima venceu o Taubaté por 1 a 0, gol de Tiago Amaral que marcou o fim da má fase do artilheiro que não balançava as redes há muito tempo. Depois da partida, o atacante deslanchou e ainda assegurou o posto de artilheiro do torneio estadual com 10 gols.

Os dois confrontos voltam a acontecer em janeiro, mas no Raulino de Oliveira. Taubaté no dia 7 e São José no dia 12. Até lá, Pugliese já deverá ter recebido boa parte dos reforços que solicitou à diretoria.

Entra e sai

Dos três primeiros reforços do Volta Redonda para o Campeonato Carioca, somente dois poderão conquistar a torcida. Antes mesmo da reapresentação da equipe, o meia Daniel Marins já acertou com outra equipe, o Cabofriense. Alegando que a escolha partiu do próprio agente, o jogador não vem mais para o Voltaço que agora deve buscar sete novos jogadores além dos volantes Dudu, que disputou o último Carioca pela equipe, e Léo Oliveira, destaque do América na Copa Rio.

Três laterais - dois pela direita e um pela esquerda -, um zagueiro, dois meias e um atacante devem chegar até o início do Carioca. Para o ataque, a novidade pode ser Frontini, que foi bem no último estadual jogando pelo próprio Voltaço. O jogador não vai continuar no Vila Nova, de Goiás, e pode retornar.

O arrependimento com Nilton Santos, o Fla e o senso do Bom Senso


Por Ricardo Vieira

Na saída, vivemos a parte mais legal. Estava no início da relação com o jornalismo e o contato com jogadores só havia acontecido esporadicamente ou pela televisão. Conversamos com um promissor volante chamado Andrade, escolhido o segundo melhor da posição naquela noite. Batemos papo com o zagueiro Índio que confidenciou uma iminente transferência para o Fluminense, que acabou não se concretizando. Meu amigo aproveitava para tirar fotos com alguns deles. O erro foi não me despir de um sentimento comum entre os jornalistas, de achar que está acima desses momentos, porque tirar foto é coisa para fã. Em alguma hora, até acho que driblei isso por um lateral esquerdo talentoso, o Kleber. Talentoso, mas bem menos do que o homem que roubou a cena e foi aplaudido de pé por todos na noite que a CBF chamava de Prêmio Craque Brasileirão, em 2006: Nilton Santos.

Nilton, que recebeu uma menção honrosa na premiação por algum motivo não além dele ser Nilton Santos, apareceu no saguão do Teatro Municipal do Rio acompanhado por uma senhora, provavelmente a esposa. Muito educada, ela pedia a todos que se aproximavam que fossem breves porque Nilton, já debilitado, não poderia demorar ali. Mas com um bonito sorriso no rosto ele atendeu pacientemente a todos que pediam fotos. Eu não fui um deles e poucos minutos mais tarde já sabia que tinha feito uma burrada das grandes. Burrada que hoje é maior porque queria postar essa foto no Facebook, no WhatsApp, no Twitter, no jornal... Mesmo que isso seja coisa para fã.

Entre tantas homenagens bonitas que vai receber, fica aqui a minha pequenina, a certeza que foi uma grande burrada não guardar esse momento raro.

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Fla do Hernane

Que time curioso esse, campeão da Copa do Brasil. Parece ruim, mas mostra em campo que não é, à feição de seu artilheiro. O gol mais importante, contra o Cruzeiro no primeiro jogo, foi marcado pelo jogador mais criticado, Carlos Eduardo. Outro gol que facilitou tudo foi do único chute certo (e bota certo nisso) do volante brucutu.

O fato do Elias ter sido o craque não chega a ser curioso, mas não me deixa esquecer de dizer que, há tempos, eu avisei.

Elias, aliás, é um dos motivos do terceiro assunto de hoje.

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Bom senso com os estaduais

Paulinho virou o xodó e um dos grandes nomes do Fla. Hernane, talvez o mais importante. Se não for, só perde para Elias. O que os três têm em comum, além do bom momento e de serem campeões? Vieram de times menores. XV de Piracicaba, Mogi Mirim e Ponte Preta.

Elias, após brilhar pela Ponte como meia no Paulistão de 2008, foi parar no Corinthians e depois na seleção. Também no caminho pequeno-para-o-Corinthians, o goleiro Felipe foi o paredão do Bragantino de 2007 antes de acabar sendo rebaixado com o gigante no mesmo ano. Ainda no campeão da Copa do Brasil, o importante Amaral veio para o Fla após bom desempenho no Nova Iguaçu.

O assunto é extenso e os exemplos também. Os jogadores têm todo o direito de buscar um calendário ideal, mas todos (dirigentes e até torcedores) precisam valorizar os estaduais, até pelo bem do nosso futebol. Não sei qual seria a melhor maneira, mas posso engrossar a lista de jogadores importantes, citando três times de recente sucesso.

O campeão Cruzeiro tem uma coleção de jogadores com a origem semelhante. De bate pronto, vale lembrar de Dedé que surgiu após bom Carioca pelo Voltaço. Num olhar mais atento, é possível encontrar os inícios de Fábio, Ricardo Goulart e Willian em União Bandeirante, Santo André e Guarani. Mas não só garotos que aparecem nos estaduais. Ceará quando foi bem pelo São Caetano já tinha mais de 24 anos e Borges, quando foi artilheiro pelo União São João de Araras, tinha 25.

Vamos para o rival, campeão da Libertadores com a imprescindível contribuição da dupla Victor e Réver, oriundos do Paulista de Jundiaí. Pierre só foi parar no Palmeiras depois de ir bem no Ituano. Agora eles vão atrás do título que o Corinthians conseguiu sob a batuta do titular incontestável da seleção de hoje, Paulinho. Um jogador que, se não tivesse tido espaço para aparecer no Paulistão de 2010, dificilmente estaria na Copa do ano que vem. O campeão mundial ainda tem uma série de exemplos, mas, para não ir muito longe, vale lembrar do companheiro de Paulinho, Ralf, que somente com 25 anos conseguiu ir bem no Barueri a ponto de conseguir uma vaga no Corinthians.

Para fechar, caso mais direto, impossível. Assim como o gol de Carlos Eduardo foi decisivo contra o Cruzeiro, o gol de Romarinho (até mais) foi crucial para o Corinthians se livrar da maior cruz que carregava. Pois é, um mês depois de ser contratado do Bragantino, o garoto vira determinante na história. Sem o estadual, ou até com ele mais fraco, isso seria bem complicado.

A grande maioria dos times não vai acabar com uma redução de estaduais e vão poder continuar formando e promovendo grandes jogadores, mas, a matemática é simples: quanto menos espaço, menos chances de repetição de casos como esses.

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Duas tragédias

Que infelicidade. As mortes na Arena Corinthians mancham o estádio, mancham a Copa e conseguem manchar a todos nós. Pois é, estamos no mesmo saco. Não foi um só, nem dois. Acho que mais de mil fizeram graça, juro. Nem vou postar o link aqui para não propagar, só completo com a frase de Tiago Leifert lá no Twitter: "E para provar que a humanidade não tinha mais jeito, Deus criou o campo 'comentários' abaixo das matérias."

Bom dia, campeão


O despertador tocou, mas nem precisava. Serviu apenas como apoio para que levantasse. Já estava acordado, mas ainda não tinha parado de sonhar. O primeiro pensamento da manhã foi o mesmo do último da noite anterior, em que só pensava na noite seguinte.

Olhou para o relógio para conferir as horas. Sabe que hoje elas vão fazer jogo duro. Vai olhar uma vez, 14h, vai olhar de novo uns trinta minutos mais tarde e vai se surpreender com 14h10. Enquanto luta contra a lógica dos ponteiros, vai tentar parecer normal em meio às superstições. A cueca (ou a calcinha) é a mesma da última vez. Tem aquele TOC todo especial, do pé direito ou de bater três vezes em qualquer lugar. O sinal da cruz também pode aparecer a rodo.

Nenhuma conversa aconteceu ou vai acontecer sem que, no mínimo, exista a vontade de colocar a final em pauta. Na maioria delas, vai conseguir. Vai falar sobre o sonho. Vai receber agouros de todos os cantos, quase todos maus. E tome sinal da cruz. Vai culpar o recalque. E tem razão.

Vai tentar encurtar o dia. Dia que deveria ser feriado. Como prestar atenção na planilha, na matéria, no paciente? Dá-se um jeito, mas o jeito que queria dar era colocar o jogo no horário mais adequado. E o horário mais adequado é agora. Ou melhor, ontem. Hoje já queria comemorar, gabar-se com o porteiro, mandar aquela mensagem para o grupo lembrando quem vai estar na Libertadores do próximo ano, abraçar o amigo também campeão.

Espera. E se? Perder vai ser dolorido. Teve aquela vez. Aquela vez foi triste. Ser eliminado no meio do caminho dói menos. O time deles é bom. Chega! Esquece o pessimismo; faz o sinal da cruz. Bate três vezes e pula com o pé direito. Ah, compra a cerveja de sempre. Se possível, bebe na mesma medida de todas as outras vezes.

Não vai ser possível. Perdendo, bebe de raiva; ganhando, bebe de glórias. Mesmo os que não bebem dão um jeito de cometer os próprios excessos. É dia disso.

Está preparado para esse dia? Então bom dia, campeão.

Ricardo Vieira

Voltaço sofre virada e perde mais uma na Superliga

- Foto: Felipe Vieira -
Pareceu que seria diferente. O começo deu a boa impressão. Uma impressão com um leve sotaque latino que marcava a estreia do dominicano Cuevas, de cara na equipe titular. Junto com Brunão, os dois foram as novidades do time de Fadul que começou vencendo. Mas os três sets seguintes foram do Montes Claros, o visitante indigesto da noite desta terça. 3 a 1 e o sétimo jogo com sete derrotas do Voltaço na Superliga.

Bom início

O Voltaço começou disposto a minimizar os erros sem esquecer do ataque. Iálisson, machucado, e Renato deram lugar para Brunão e Cuevas. O dominicano estreou partindo pra cima e fez parte do equilibrado ataque do time da casa. Após um início disputado, o Voltaço tomou a frente do placar e abriu três pontos de vantagem. Poderia ter fechado em 21 a 17, mas assustou a torcida perdendo duas oportunidades antes de fechar em 21 a 19. Brunão, Jônatas e Léozão marcaram três pontos cada, Cuevas fez dois, mesma quantidade de Bruno Canuto, que, mais uma vez, fez um de saque.

Ah, os três pontos de vantagem. Quando o Voltaço conseguiu a vantagem no primeiro, só largou no fim, mas ainda conseguiu vencer. Nos três seguintes, viu o Montes Claros conseguir a vantagem que no volei de sets com 21 pontos parece mortal. Dessa vez foi. No segundo set, Wanderson e Petrus, da equipe mineira, passaram a aproveitar os passes de Everaldo, um velho conhecido da torcida do Voltaço. Outro ex-jogador do clube também fez questão de atrapalhar a festa: o central Alberto. Todos eles passaram a tomar conta do jogo no set de maior superioridade. Nem a entrada de Renato no lugar de Cuevas amenizou o doído placar de 21 a 12.

O terceiro começou diferente, mas foi marcado por um apagão duplo, da energia e do time da casa. Quando o placar marcava 13 a 11 para o Montes Claros, a luz da Ilha São João foi embora. Quando voltou, esqueceu de trazer o voleibol do Voltaço. Os mineiros abriram mais quatro pontos em 17 a 11. Chegava o momento decisivo da partida. O time da casa reagiu, o placar ficou em 19 a 18, com vantagem para os visitantes. A melhora acabou sendo brecada. Em decisão da arbitragem, o placar foi alterado para 20 a 17 e fechado em 21 a 18 para o Montes Claros.

Emocionalmente o time deve ter sentido. O que viria a ser o último set da partida também teve três pontos de vantagem no decorrer do período. Mas não só três, sete. 21 a 14 e a arrancada do Voltaço continua sendo um sonho para a rodada seguinte. Nesse caso, no sábado, em Taubaté, contra o Funvic, às 18h, no Ginásio do Abaetê, em Taubaté.

Say no to blindness


Enquanto isso, na sala da justiça...

- Repassa aí a escalação do Brasil para podermos fazer nossas indicações.

- Julio Cesar.

- Ótimo! Já viu aqueles filhos lindos dele? Um até comemorou com o Brasil no final da nossa copinha. Deu um brilho todo clean. Próximo.

- Daniel Alves.

- Dani Alves. Ah, esse passa, até o apelido está estiloso. Zaga?

- David Luiz e Thiago Silva.

- David, ok. Thiago, Thiago... Ah, as outras opções são Dante e Dedé, né?! Deixa ele.

- Marcelo na esquerda.

- Aí, aproveita que ele machuca bastante e pede pro Big Phil colocar logo o Maxwell; manda dizer que ele defende melhor.

- Luiz Gustavo ou Lucas Leiva?

- Lucas. Próximo.

- Paulinho.

- Hmmm... Esse é ruim de tirar, né?

- Tem o Hernanes.

- Nordestino. Não dá pra buscar o Jean do Fluminense não?

- Acho difícil.

- Deixa o Paulinho, então.

- Oscar.

- Oscar, ok.

- Neymar.

- Lindo pra garoto propaganda. Nem precisava dizer.

- Hulk.

- Hulk tem nome de super herói americano... Mas bota um asterisco aí pedindo para considerar esse tal de Bernard.

- Jô.

- Acho melhor mandar o Fred se curar logo. Ele fala francês.

- Fechou, certo? Quanto deu?

- Se eles atenderem, dá uns 30%.

- Perfeito, eles gostam de uma cota mesmo.

- Hahahahaha (todos riem).

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- Ah, espera. Toma muito cuidado em como você vai escrever essas sugestões. Depois que a gente trocou o casal do sorteio, o povo das cidades que têm computador e internet começou a nos chamar de racistas.

- Racistas?? Que absurdo! Será que eles não enxergam que racistas são os torcedores do Betis, que chamaram aquele zagueiro Paulão de macaco.

- Pois é, se nós ainda viéssemos trabalhar de branco com capuz tapando a cara. Mas estamos todos de terno.

- Vê se pode?! Até onde eu sei, ninguém aqui tem suástica tatuada.

- Complexados (concluem ao mesmo tempo).

Ricardo Vieira

* Obviamente isso não aconteceu, nem vai acontecer. É só uma "brincadeira".

Hora da virada no Voltaço Volei


A tabela da Superliga não foi nem um pouco camarada com o Voltaço Volei. As maiores pedreiras vieram primeiro. Em seis jogos, seis derrotas. Resultados que colocaram a equipe na última colocação do torneio. Agora, começam os chamados "adversários diretos", times de orçamentos mais modestos, comparáveis com o do Volta Redonda. Hoje, logo mais, às 20h, o primeiro teste desta nova fase da competição: Voltaço contra Montes Claros Volei, no Ginásio da Ilha São João.

Para buscar a mudança nos rumos, o nervosismo terá que ser superado. Afinal, com a complicada tabela inicial - em que a equipe não conseguiu surpreender nenhum dos adversários a ponto de vencer -, agora sobra responsabilidade para os comandados de Alessandro Fadul, principalmente por jogarem em casa. Pela frente, velhos conhecidos. Destaque para o levantador Everaldo, que vem tendo grande desempenho no torneio. Pelo ranking da CBV, é o terceiro melhor aproveitamento entre os levantadores, fica atrás somente de William, do Sada Cruzeiro e de Bruninho, do RJX. O líbero Thiago Brende, também do clube mineiro é outro que vem se destacando nos rankings da CBV; só não bate Serginho, do Sesi.

Apesar do bom momento de alguns jogadores do adversário, o clima no Voltaço é de otimismo e a expectativa é contar com o apoio da torcida para buscar a primeira vitória. Mais uma vez não vai contar com o central Iálisson, lesionado, mas o restante dos jogadores está a disposição de Fadul.

7ª Rodada da Superliga

Voltaço Volei X Montes Claros Volei - 20h - Ginásio da Ilha São João, Volta Redonda



"Se eu estivesse em campo, nem imagino o que diriam", Dedé fala sobre as polêmicas do jogo entre Vasco e Cruzeiro

O jogo entre Vasco e Cruzeiro, que aconteceu na rodada do último fim de semana, não era para ter causado um barulho muito além dos times que brigam para escapar do rebaixamento. Mas não foi bem assim. A vitória que melhorou as chances do time do Rio ficou envolta em duas polêmicas. Antes, o zagueiro Dedé declarou todo o carinho que sente pelo cruzmaltino e avisou que não iria para o jogo. Durante, foi a vez de Júlio Baptista e o tal pedido para que o Vasco fizesse mais um gol, feito ao zagueiro Cris.

Personagem principal da primeira polêmica, o zagueiro Dedé fez questão de explicar as declarações feitas antes do jogo e o fato de não ter estado em campo. "Na verdade era um jogo que não valia mais nada para o meu time e valia muito para o Vasco. Além de me preservar, fisicamente, pois estou brigando por uma vaga na Copa do Mundo, preferi não correr o risco de falhar, que é uma coisa que pode acontecer com qualquer jogador, e ser acusado, injustamente, de favorecer o Vasco. Isso, eu não faria nunca, mas nunca mesmo. Se eu estivesse em campo, iria buscar a vitória a qualquer custo", garante.

O zagueiro, que é um dos principais concorrentes à quarta vaga na seleção (considerando que Thiago Silva, David Luiz e Dante já estariam garantidos para a Copa), fez questão de reiterar o carinho que tem com o Vasco, mas afirmou que a identificação com o Cruzeiro já forte. 

- Minha sinceridade acabou incomodando algumas pessoas. Não tive vergonha de dizer que estava torcendo para o Vasco permanecer na Série A, assim como faria se defendesse o Vasco e o Cruzeiro estivesse na situação ruim. Mas não para o Vasco vencer o Cruzeiro. Vim de uma família humilde, mas aprendi com os meus pais a ser honesto, justo e sincero. Quero esclarecer que devo muito ao Vasco, mas hoje minha identificação com o Cruzeiro é tão forte quanto foi em São Januário - explicou Dedé, que ainda lembrou: "o Cruzeiro foi quem me apoiou no momento mais difícil, durante a temporada, a quem defendo, e a quem também devo muito".

Sobre a polêmica envolvendo o companheiro Júlio Baptista, Dedé lembrou que é um tipo de situação normal de futebol, uma conversa comum em campo. "Os jogadores estão rindo dessa situação. A mesma frase, o Cris falou para outros jogadores do Cruzeiro. Nesse momento, para quem está no desespero, vale essas manhas. Se eu estivesse em campo, então, nem imagino o que diriam", comenta o jogador que aproveitou a folga em Volta Redonda.

O zagueiro ainda revelou que a possibilidade de não enfrentar o Vasco partiu do próprio Cruzeiro. O jogador garante que não disse em nenhum momento que não queria jogar. "Seria muito fácil simular uma dor qualquer, por isso penso que algumas pessoas da imprensa preferem escutar mentiras. Não entendi em que parte deixei de ser profissional. Parece até que não conquistamos o campeonato”, afirmou.

As declarações do jogador foram feitas através de um comunicado em que Dedé ainda revelou ter recebido duas propostas do futebol internacional, mas que preferiu nem escutá-las. O zagueiro nem pensa em sair do país às vésperas da Copa por acreditar que uma transferência poderia diminuir as chances de ser um dos 23 convocados. "Pretendo conquistar títulos importantes pelo Cruzeiro e, se Deus quiser, conseguir ir a uma Copa do Mundo defendendo esta camisa. Independentemente do que aconteça, pretendo cumprir meu contrato. Isso mostra que estou muito feliz vestindo a camisa do Cruzeiro", finalizou.


Duque de Caxias é o campeão da Copa Rio

A Copa Rio terminou na noite deste sábado. O Duque de Caxias reverteu a vantagem do Boavista e é o novo campeão do torneio. Com o placar de 3 a 1, o título premia uma equipe que se reinventou durante a competição. Após um fraco desempenho na primeira fase (em que se classificou em segundo, bem atrás do líder Volta Redonda), o time passou a se dedicar exclusivamente à Copa Rio depois de se livrar do rebaixamento na Série C do Brasileiro. Na segunda fase passou em primeiro no complicado grupo que ainda tinha Boavista, Audax e Madureira. Na semifinal passou por Bangu e voltou, superar o Boavista na grande decisão e está garantido na Copa do Brasil do ano que vem.

Digão, logo com 1 minuto de jogo tirou a vantagem conquistada pelo Boavista no jogo de ida, que venceu por 1 a 0. No início do segundo tempo, Giovanni, algoz do Volta Redonda na semifinal empatou a partida, mas Digão voltou a colocar o time de Caxias na frente logo em seguida. Aos 41 minutos surgiu o herói do título. Emerson, zagueiro velho conhecido do Resende, marcou o terceiro gol do Duque.

O Boavista, em segundo, tem vaga garantida na Série D do Campeonato Brasileiro. Sem a vaga, o Volta Redonda terminou como o melhor ataque, a melhor defesa e o artilheiro da Copa Rio, Tiago Amaral, com 10 gols.



Cabofriense acerta com zagueiro Leonardo, ex-Voltaço, Fabrício Carvalho e quarteto ex-Cruzeiro

De longe, o Cabofriense vem sendo o pequeno que mais tem investido em nomes conhecidos para o Campeonato Carioca do próximo ano. De volta à elite após o título da Série B deste ano, a equipe da Região dos Lagos já anunciou 13 reforços e um treinador: Alexandre Barroso, que dirigiu o Villa Nova (MG) neste ano. Entre os destaques estão Fabrício Carvalho, artilheiro por Ponte Preta e São Caetano e Gladstone, zagueiro revelado pelo Cruzeiro campeão de 2003 que chegou a ser contratado pela Juventus da Itália no início da carreira. Além dele, outros três reforços também foram revelados pelo clube mineiro: o zagueiro Luizão, o volante Jardel e o atacante Eliandro.

Todos três tiveram bons momentos na carreira. O zagueiro subiu para os profissionais sob o comando de PC Gusmão, em 2006. Depois, entre os grandes, ainda jogou por Vasco e Bahia. Jardel surgiu como valiosa promessa no início dos anos 2000. Foi campeão mundial com a seleção sub-20 em 2003, titular ao lado de nomes como Daniel Alves e Nilmar, mas após sair do Cruzeiro não conseguiu se firmar. Fez carreira por clubes menores de Portugal e estava no Santo André. Já Eliandro é mais jovem, surgiu com 19 anos como titular de um Cruzeiro que perdia Kleber e Wellington Paulista por lesão, em 2009. No ano seguinte, sem espaço no clube mineiro, foi emprestado para o Sport e não parou mais de rodar. Passou por América Mineiro, ABC, Villa Nova e Nacional de Portugal antes de acertar com o Cabofriense.

Ainda no grupo contratado pelo Cabo Frio está o zagueiro Leonardo, que foi titular no último Carioca pelo Volta Redonda.

Leonardo foi bem no último Carioca pelo Voltaço
Os outros nomes do pacotão: Arthur Sanches (zagueiro, ex-Flamengo); Victor Silva e  Pará (volantes); Rodrigo Dias e Sérgio Bueno (laterais direitos); Franklin (meia) e Rogélio (atacante). Têti e Bill, nomes conhecidos do grupo, continuam no time que deve se reapresentar no dia 2.

Ex- lateral de Fluminense, Botafogo e Volta Redonda morre em acidente de carro

O lateral Jancarlos morreu em um acidente de carro, em Petrópolis, na tarde desta sexta. A notícia dada pelo portal G1, conta que o carro em que o jogador estava despencou de uma ribanceira na pista sentido Rio da BR-040. Jancarlos chegou a ser socorrido, mas não resistiu e morreu a caminho do hospital.

Jancarlos foi um lateral direito que frequentou os noticiários diversas vezes na carreira. Após um início com altos e baixos no Fluminense e em seguida no Juventude, chegou ao Atlético Paranaense e teve grande destaque. Foi um dos principais nomes do título paranaense em 2005 e do vice na Libertadores daquele ano. Seguiu tendo bons momentos no clube do Paraná até ser contratado pelo São Paulo. Na equipe do Morumbi começou o o declínio da carreira. Passou por Cruzeiro, Botafogo e Bahia, sem brilho. Depois disso começou a atuar por clubes menores.

O Volta Redonda foi o penúltimo clube de Jancarlos. Chegou em dezembro do ano passado, para a disputa do Campeonato Carioca deste ano. Foi apresentado ao lado de outros quatro jogadores - entre eles, Gatti. Mas, ao contrário do goleiro, não foi bem e acabou dispensado. Em seguida acertou com o Rio Branco, do Espírito Santo.

Por uma infeliz coincidência, a morte precoce de Jancarlos ocorre menos de um mês após a também trágica morte de João Rodrigo, outro ex-atleta do clube.

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- Ex-companheiros lamentam morte de João Rodrigo. Clique aqui.

Volta Redonda apresenta novo treinador

- Pugliese foi apresentado na sede do clube (Foto: Felipe Vieira) -
O semblante é calmo, mas a fala é firme. Para treinador, é jovem, 33 anos, mas tem nove clubes no currículo, em sete estados diferentes. O Volta Redonda é a décima equipe de Tarcísio Pugliese, apresentado nesta sexta. A extensa experiência aliada com a juventude foi o principal fator apontado pelo presidente Rogério Loureiro para a contratação. O contrato vai até o fim do Carioca, mas a expectativa é bem maior. “Talvez vocês não tenham noção da estrutura do Volta Redonda. O Volta Redonda não cabe nem na Série C”, afirma, indicando que o clube deveria estar no mínimo na segunda divisão do Campeonato Brasileiro.

Apesar da pouca idade e de nunca ter sido jogador, Pugliese garante o pulso firme. "Os caras te respeitam pelo comando, não por ter sido jogador, ou por idade", afirma Tarcísio, que diz ser treinador de estilo agitado à beira de campo. "Sou um cara bastante ativo. O que eu achar necessário para ajudar a equipe, eu vou fazer", afirma.

Tarcísio foi contratado após um período no Guarani. Na equipe de Campinas, teve momentos semelhantes com o que o Volta Redonda viveu no segundo semestre. Teve a melhor defesa da Série C, conseguiu um extenso período sem sofrer gols, mas derrapou no momento de atingir o objetivo maior. Assim como o Volta Redonda não chegou à final da Copa Rio – e ficou sem a vaga garantida para a Série D de Brasileiro -, o Guarani não subiu para a segunda divisão. Apesar das notícias que indicavam demissão pelo clube campineiro, Tarcísio afirmou que saiu por opção própria. “O Guarani vive um momento conturbado e eu tinha um desgaste muito grande com a oposição”, justificou.

O novo treinador chega com a missão de fazer um bom estadual. Se conseguir, não será a primeira vez de Tarcísio. Já foi campeão do Mato Grosso pelo Luverdense, em 2009. No último ano conseguiu uma boa campanha pela Caldense, no Campeonato Mineiro, quando terminou na quinta colocação, ao lado do Tupi. Para repetir um bom desempenho, o treinador garante que vai buscar um time “intenso, rápido”. “Os 11 têm que ser opção para o passe”.

Os 11 de Tarcísio devem ter muito dos 11 de Cairo Lima, seu antecessor. O presidente garantiu que pelo menos 70% do elenco vai ser mantido. Ainda sobre Cairo, Tarcísio elogiou o trabalho do antigo técnico.  “Tem muito para ser aproveitado. Eu sei que ele é muito bom, um treinador de futuro. E o que de melhor que eu tenho para aproveitar é a base que ele deixa”, garante.

Reforços

Dudu, Léo Oliveira e Daniel Marins já chegaram. Pelo menos outros seis jogadores devem ser contratados. As carências do elenco foram ditas na coletiva que apresentou Tarcísio: dois laterais direitos, um esquerdo, um zagueiro, um meia e um atacante.

- Nosso primeiro contato (do treinador com a diretoria) foi extremamente positivo. Muitos nomes que eu passei para eles já existiam na lista deles - contou Tarcísio. Perguntado se iria indicar jogadores que trabalharam com ele, o novo treinador foi enfático: “eu quero é bom jogador, independentemente de onde jogou”. 

Para a comissão técnica, o novo treinador vai indicar um preparador físico, mas Élson continua na função de auxiliar, assim como Pelé segue sendo o preparador de goleiros e Virgílio Netto também como preparador físico.

Tarcísio Pugliese é o novo treinador do Volta Redonda


A diretoria do Volta Redonda agiu rápido e anunciou o substituto de Cairo Lima três dias após a demissão do treinador. Tarcísio Pugliese é o novo técnico do time. O último clube de Tarcísio foi o Guarani, de Campinas. Ele dirigiu o time na disputa da Série C deste ano.

Tarcísio tem um perfil diferente da maioria dos treinadores. É jovem, tem somente 33 anos e não foi jogador de futebol. Iniciou a carreira bem jovem, com somente 26 anos, no Guaçuano. Antes disso, foi preparador físico. Como treinador, passou por clubes como Icasa, Oeste, Caldense e Luverdense, onde foi bicampeão estadual.

O novo treinador será apresentado oficialmente pelo Volta Redonda no início da tarde de amanhã (22).

O mais indispensável dos 11 jogadores


"Não se deixe levar. Não pense sem refletir". É assim que Sidney Garambone inicia a apresentação do provavelmente único livro sobre volantes da literatura brasileira - os 11 maiores volantes do futebol brasileiro. "O mais indispensável dos 11 jogadores", ele também diz. Concordo. 

O autor também discute sobre a origem do curioso nome volante. Nome que veio depois de centro médio, center half e cabeça de área, "tão perto foneticamente do cabeça de bagre". Uma das explicações para o surgimento do termo é a seguinte:

"Imagine-se num helicóptero, sobrevoando um jogo de futebol. Sob as balizas, o goleiro. À frente dele, o lateral-direito, ou ala-direito, os dois zagueiros e o lateral-esquerdo, ou ala-esquerda. É a base de qualquer time, salvo o gosto de alguns treinadores, que optam por escalar três zagueiros. Alguns metros adiante, eis o volante. Responsável pela primeira marcação aos atacantes adversários, e culpado pela cobertura dos alas, que a cada dia vão-se embora mais cedo e por mais tempo para o campo inimigo. Como o volante tem que cobrir um canto, o meio e o outro canto, é fácil imaginar este movimento circular, da direita para a esquerda, na frente da grande área. Como um volante de automóvel."

Outra explicação, mais divertida, culpa a praticidade. Considerando que raramente o volante anda só, está sempre acompanhado de pelo menos mais um jogador da posição, as antigas denominações ficariam com o plural prejudicado: center halfs, cabeças de área. Difíceis de pronunciar, complicariam qualquer crônica.

A posição do "mais indispensável" ganhou muita importância nos últimos tempos futebolísticos, mas ainda não acredito que esteja à altura. Sempre exaltei a força centralizadora do volantão carregador de piano. O melhor que eu já vi foi Freddy Rincon (valendo todas as posições. Podem bater!) - perdão, Romário, Ronaldos e Messi. Justifico apenas dizendo que para um time ser bom mesmo, tem que ter um camisa 5 cabra macho, sagaz de verdade. Lembre aí dos melhores times que seu clube teve. O 5 era ou não era bom?

O Corinthians vivia uma fase estupenda há anos, com Christian e depois com Ralf. Já o Cruzeiro eu dizia que não ganharia nada com Leandro Guerreiro. Ele perdeu a vaga de titular, o time é campeão e está na Libertadores do ano que vem, competição que o rival Atlético começou a desenhar a conquista com contornos mais fortes quando acertou com Pierre. Um Edinho em péssima fase afunda o Fluminense. Um Gilberto Silva no auge dá estrutura para o penta em 2002, mas o mesmo Gilberto, com a fibra envelhecida em oito anos, não consegue dar a tal força centralizadora para o hexa. E por aí vai. Vai e vai mesmo.

Não concorda? "Não se deixe levar. Não pense sem refletir". É claro que não dá para colocar tudo nas costas de um dos 11, mas se for para colocar, quem tem mais vocação para aguentar é ele, o 5 (que às vezes nem usa a 5, assim como nem sempre o goleiro usa a 1). 

Ontem, outro argumento a favor. 

Garambone ainda escreve sobre outra explicação para o surgimento do termo. Ele conta que no fim da década de 30, início da de 40, um argentino jogou por aqui, bem no estilo Mancuso. A raça e vigor fizeram do hermano um cara muito falado e assim como aconteceu com Band-Aid, Post-It e Gillette, Carlos Martin Volante batizou a posição.

Volante foi jogador do Flamengo. Se isso é verdade, que o argentino deu origem ao nome, eu não sei, mas que ontem outro flamenguista engrossou meu argumento, isso sim. 

Com um cão de guarda de respeito, ninguém faz graça. Antes de falar sobre o Amaral e sobre o Flamengo de 2013, “não se deixe levar”.

Ricardo Vieira