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UFC 166 - Ou busca a casa própria ou continua Cigano


Quem acompanha o MMA de perto, normalmente consegue observar lutadores desde o surgimento até a explosão e a fama que chega como consequência. Comigo não é diferente. Vi Minotauro ainda novo e desconhecido se apresentar no Pride várias vezes e, quase sempre, levava aos adversários a variação da omoplata para o triângulo - coisa básica hoje em dia, sabida pelos lutadores. Acompanhei Jon Jones ainda em sua segunda luta no UFC, contra Stephan Bonnar e vi o monstro em que se tornou. E quase que o mesmo aconteceu com Junior Cigano.

Eu explico o quase: nas primeiras lutas, ele já era dono de belos nocautes e de um boxe inquestionável. Como diz o músico Vitor Carvalho, ele “Subiu Ladeira” rapidamente. Logo foi cogitado para disputar o cinturão. Alguns dizem até que demorou muito para enfrentar Cain Velásquez. Na época eu era fã: um cara que luta muito, humilde e com tudo que a gente gosta de ver nos ídolos.

Seguiu assim até que na segunda luta contra Cain, aquela perto do Ano Novo de 2013, eu vi um Cigano diferente. Senti certa marra, soberba, parecia que confiava tanto no seu boxe que se dava ao luxo de baixar a guarda, tentar uns golpes mirabolantes. Não fez o que estava acostumado a fazer, além de ter sido anulado no chão, onde se diz preparado e faixa preta de jiu-jitsu. Isso custou muito caro. Além de perder o cinturão, ficou destruído, desfigurado, amassado, lenhado ou como você preferir. Perdeu um fã (eu). Fato é que ele levou uma surra daquelas.

É por isso o quase. Essa luta me mostrou que Cigano ainda não pode ser considerado mito, fenômeno e nem nada que remeta à qualidade do lutador que poderia ser. Para mim ele é ótimo lutador e essa luta de amanhã (19) pode sim fazer com que a minha opinião mude e que eu possa começar a considerá-lo como fora de série.

Não basta a vitória para isso acontecer. Quero ver seriedade, maturidade, evolução no grappling. Quero ver o Cigano desconhecido, não o pop star.

Mas antes de matar a curiosidade sobre o patamar de Junior Cigano, muitas boas lutas vão rolar. Destaco o co-main event: o invicto e fera Cormier enfrenta o gordinho, simpático e gente boa Roy Nelson.

Na verdade, destaco o UFC 166 como um todo. Vale conferir todos os cards, promessa de ótimas lutas.


E só para deixar claro, estou torcendo por uma vitória do Cigano (com um nocaute) e torço para que, definitivamente, me convença. Apesar disso, acho que Cain Velásquez vence. O mexicano-americano sim; é bom e está acima no esporte, onde Cigano não está, mas quer chegar!

Gabriel Pereira

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