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Conhecidos F.C. - Os famosos da Série D


Pelos gramados muitas vezes mal cuidados da Série D desfilam pés que rodaram o mundo. A imensa maioria dos atletas dificilmente irá disputar os maiores campeonatos do país, do exterior, então, nem se fala. Mas muitos podem acabar cruzando em campo com jogadores que têm currículos extensos e improváveis quando se pensa em quarta divisão.

Entre os 16 clubes que passam a disputar as oitavas de final a partir do próximo fim de semana, é possível encontrar jogadores que frequentaram os noticiários esportivos do Brasil em um passado recente (ou nem tão recente assim). Um deles já foi artilheiro de um Mundial sub-20 com a Seleção Brasileira. Outro saiu do Brasil quando ainda tinha 17 anos por sete milhões de euros. Ainda tem um que fez sua primeira partida como profissional entrando no segundo tempo de uma partida do Manchester no lugar da lenda Ryan Giggs.

Esses jogadores, que já tiveram grande destaque no cenário do futebol, estão distribuídos entre os cantos da Série D. O Blog de Esportes resolveu brincar e eleger uma espécie de seleção dos famosos. Apesar de uma média de idade elevada, um time desse porte ainda seria capaz de dar trabalho, ainda mais em um ano em que os principais destaques da Série A são jogadores na casa dos trinta e tantos.

Confira:


Goleiro: Mauro (35 anos)

Esse grande time tem um grande goleiro. Mauro só jogou uma vez na Série D, na estreia do Resende na Série D. Sofreu um gol na derrota para o Nova Iguaçu. Depois se lesionou e viu o jovem Arthur se firmar na posição. Na reta final da recuperação, o goleiro que foi titular do Santos campeão brasileiro de 2004 será uma boa opção para o treinador Paulo Campos. Mauro é ídolo no Resende e no adversário das oitavas, o Mixto, onde ajudou o time mato-grossense a voltar para a primeira divisão estadual em 2010.


Lateral: Alessandro (35 anos)

A cara do lateral direito é bem conhecida. Muitos alegam a semelhança com o personagem 'Seu Boneco' da Escolinha do Professor Raimundo, mas a verdade é que os 232 jogos com a camisa do Botafogo tornaram Alessandro em um lateral famoso. Antes disso chegou a parar na Seleção Brasileira, após boas atuações pelo Atlético Paranaense campeão brasileiro de 2001. Pelo Metropolitano de Blumenau, Alessandro terá o Santo André pela frente.


Lateral: Marcos Tamandaré (32 anos)

Na falta de um lateral de esquerdo de ofício, a gente improvisa o batedor de faltas Marcos Tamandaré. Com 32 anos, o lateral teve sua maior chance em 2007 quando vestiu a camisa do Corinthians que mais tarde naquele ano seria rebaixado. Depois rodou pelo Brasil com algum destaque por Coritiba e Santa Cruz. Agora no Salgueiro (PE), terá o Nacional (AM) pela frente.



Zagueiros - Marcelo (24 anos) e Thiago Sales (26 anos)

A zaga é do Resende. Nesse caso, a dupla até destoa da maioria dos outros jogadores desta seleção pela idade e pelo reconhecimento ser restrito ao estado do Rio. Marcelo foi eleito o terceiro melhor zagueiro pela direita no Carioca do ano passado. Na ocasião, o vencedor da categoria foi o 'mito' Dedé, que três anos antes ficou com na mesma colocação que Marcelo, isso quando ainda era jogador do Volta Redonda.

O companheiro de Marcelo é Thiago Sales (foto). O zagueiro surgiu como promessa no Flamengo de Joel Santana de 2007. Alternou bons e maus momentos antes de ir jogar no Chipre. Na volta, defendeu Fluminense e Avaí. Ainda retornou ao futebol do Chipre antes de aparecer no Resende. Juntos, Marcelo e Thiago Sales poderão enfrentar um ataque com jogadores que poderiam estar nesta seleção: Jônatas Obina e Geílson, do Mixto. O primeiro ganhou destaque em algumas aparições no Atlético Mineiro e o segundo chegou a ir bem no Santos, clube em que está na história por ter feito o gol de número 11 mil.


Volante: Rodrigo Possebon (24 anos)

Quando pisou no gramado do Old Trafford e se viu ao lado de Rooney, Giggs, Scholes, Ferdinand e o restante do estrelado time do Manchester que jogava contra o Newcastle, certamente Rodrigo Possebon não imaginava que cinco anos mais tarde estaria de volta ao Brasil, na quarta divisão. De grande esperança no gigante europeu, Possebon se tornou mais um no Brasil. No Santos ainda jogou com alguma frequencia. Sem grande destaque, o volante rodou e veio parar em um clube que há alguns anos também não se imaginaria na quarta divisão. Campeão da Copa do Brasil de 99, o Juventude luta para subir a ladeira e voltar para a elite do futebol brasileiro. O paranaense Londrina é o próximo desafio de Possebon e Juventude na busca pela volta aos melhores dias.


Meia: Elvis (34 anos)

Por falar em Copa do Brasil, é graças ao importante torneio que Elvis ganhou fama no Brasil. O algoz do Flamengo na decisão de 2004 se tornou o dono de uma marca neste ano: é o único jogador que disputou todas as séries do Campeonato Brasileiro por um mesmo clube, o Santo André.  Um ano antes da tragédia rubro-negra, na terceirona, Elvis conseguiu o acesso com o Ramalhão. Em 2004 jogou 12 partidas da segundona antes de ser contratado pelo Botafogo para a grande chance que não foi bem aproveitada. Rodou pelo país e voltou ao Santo André em 2009, quando o time disputou a primeira divisão. Saiu novamente em 2010 e agora se vê na outra ponta do futebol nacional. Com 33 anos, Elvis ainda tem cara de novo, mas vai precisar do mesmo futebol para ajudar o Ramalhão no caminho de volta.


Meia: Celsinho (24 anos)

Com 17 anos ele era um dos jogadores mais assediados do Brasil. O Corinthians já preparava a camisa de titular para Celsinho quando os russos do Lokomotiv desembarcaram com sete milhões de euros na bagagem. Voltaram com Celsinho nela. Celsinho embarcou como uma promessa. Voltou como um quase desconhecido. Em 2010, retornou para a Portuguesa em busca dos melhores dias que não voltaram. O cabelo ainda parece com o que lhe rendeu comparações com Ronaldinho Gaúcho; o futebol Celsinho ainda tenta recuperar. Boas atuações com a camisa do Londrina acendem uma ponta de esperança para o ainda garoto de 24 anos.  Contra o Juventude de Possebon, faz um duelo à parte de ex-promessas que ainda querem vingar.


Meia: Marcel (32 anos)

Se o camisa 10 precisa ter um toque diferenciado, a seleção está bem servida. No Resende, Marcel consegue apresentar todo o talento que apareceu em alguns momentos da carreira que o fizeram ser contratado por Palmeiras, Corinthians e Grêmio. No clube gaúcho fez parte de um dos momentos mais marcantes da história do tricolor. Marcel estava em campo no Recife para ver bem de perto o heroísmo de Gallatto e Anderson na 'Batalha dos Aflitos'. Há quase três anos no clube carioca, Marcel é uma das referências do time que sente a falta dele. Após mais de 120 dias longe dos gramados por lesão, o meia pode fazer a diferença em seu retorno no momento decisivo.


Atacante: Warley (35 anos)

Olhando para imagem acima, não é possível imaginar onde as carreiras de Ronaldinho Gaúcho e Warley se tornaram tão distantes. Foi provavelmente na Itália, na Udinese. Antes de ir para lá, o atacante era uma grande aposta do futebol brasileiro. Rápido, com uma finalização poderosa, Warley já havia brilhado com as camisas de Atlético Paranaense e São Paulo. Depois ainda teve bons momentos no Grêmio campeão da Copa do Brasil de 2001 e no São Caetano campeão paulista de 2004. Sem conquistar o mundo como Ronaldinho, Warley há três anos decidiu conquistar  a Paraíba. Venceu os últimos três paraibanos pelos três grandes rivais do estado: Treze, Campinense e Botafogo. É no xará do clube carioca que Warley prolonga a carreira. No clube, divide a responsabilidade de marcar gols com outro conhecido: o meia Lenílson, ex-São Paulo. Os dois têm pela frente um perigoso nordestino, o Central de Caruaru.


Atacante: Adaílton (36 anos)

Com a camisa que Lucas e Thiago Silva brilham hoje, Adailton já comemorou três títulos. Tudo bem que o PSG não tinha a fama impulsionada por um ricaço estrangeiro, mas o atacante fez parte de um período de conquistas raro no clube francês na década de 90. Antes disso, Adaílton era uma das opções do ataque de um estrelado Parma, ao lado de Enrico Chiesa, Hernán Crespo e Faustino Asprilla. Não é só isso, o jogador já foi artilheiro de um Mundial sub-20 pelo Brasil e está na história do Verona e do Genoa. No Verona disputou mais de 160 partidas ao longo de sete temporadas. No Genoa foi um dos principais nomes do retorno da equipe à série A. Depois de marcar seu nome no Calcio, Adaílton voltou para encerrar a vitoriosa carreira no clube que o revelou, o Juventude, isso em um distante 1995.

Paulo Campos junto com Luxemburgo e o preparador Antônio Mello nos tempos de Real Madrid

Treinador: Paulo Campos

Foram mais de vinte anos dedicados quase que exclusivamente à África e ao Oriente Médio. Nigéria, Libéria, Kuwait, Arábia Saudita, Catar, Emirados Árabes... experiências, histórias e coragem não faltam ao passional treinador do Resende. Depois de passar pelo Palmeiras como treinador do time B, Paulo Campos descobriu o Brasil. Iraty e Paraná no Paraná; Paysandu no Pará; Criciúma em Santa Catarina; Vila Nova em Goiás; Náutico em Pernambuco; Mogi Mirim e Guaratinguetá em São Paulo; Fluminense, Duque de Caxias e o próprio Resende no Rio. Ainda teve tempo de desbravar (e vencer) a segunda divisão da Grécia e dar um pulo no Sudão para ganhar o Sudanês 2010. Mas em meio ao mar de diversidades, uma delas chama mais atenção do que as outras: no Real Madrid, como auxiliar de Luxemburgo, Paulo conviveu com Ronaldo, Zidane, Raul e aquela coleção de estrelas. Um currículo rico que o treinador vai tentar incrementar com um acesso logo na primeira participação do Resende.

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