Com emoção: empate garante Resende na próxima fase
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- Geovane Maranhão marca o segundo do Resende - |
Quando Paulo cita que tinha tudo para ter uma vitória tranquila, ele remete aos 30 minutos da primeira etapa, quando o Resende vencia por 2 a 0 e tinha um jogador a mais. Daí pra frente, só tensão. O apito final trouxe o alívio e a vaga na segunda posição do grupo A6, atrás do líder Tupi (MG), que hoje venceu o Araxá por 1 a 0. Agora a equipe só volta a campo daqui a duas semanas para o primeiro jogo das oitavas de final no Estádio do Trabalhador. O adversário, o primeiro colocado do grupo A5, será definido até o próximo fim de semana. Hoje o dono da vaga é o Mixto (MT), mas ainda tem chances de ser ultrapassado pelo Aparecidense (GO).
Início nervoso, vantagem e nervosismo de novo
O primeiro tempo foi cheio de ingredientes. Até os 15, jogo duro, repleto de entradas violentas. Clebson e Deoclecio logo receberam cartão amarelo e nenhuma boa chance havia acontecido. O primeiro lance de perigo aconteceu quase que por acaso. Muriel lançou, não se sabe se bateu para cruzar ou direto para o gol, mas a bola quase surpreendeu o goleiro Jefferson que teve que se esticar para colocar a bola pra escanteio. Na cobrança, Everton colocou na área, Clebson apareceu no meio da zaga e testou pro gol. 1 a 0.
Mesmo com o gol, a partida continuou tensa, mas a vantagem do Resende deixou o Nova Iguaçu mais nervoso. Aos 29, Deoclecio protagonizou um bom lance, driblou dois e foi parado com violência por Junior Lopes, que já tinha cartão amarelo. Foi expulso e facilitou o trabalho da equipe de Paulo Campos.
Facilitou tanto que somente um minuto mais tarde o placar aumentou. Clebson ganhou de cabeça, a bola sobrou para Everton que achou inteligentemente Geovane Maranhão na área. O artilheiro do time na Série D ajeitou bem e colocou no canto, o quinto gol do atacante no torneio. 2 a 0.
A tranquilidade começou a ir embora aos 34 minutos. Em disputa na área, Everton que havia acertado muito no lance do gol, falhou ao subir com os braços levantados. O juiz enxergou mão do lateral e apontou o pênalti. O lance causou revolta na equipe do Resende. Na cobrança Arthur até acertou o ângulo, mas Dieguinho cobrou bem e diminuiu a vantagem. 2 a 1.
Mas, com um jogador a mais em campo, o Resende seguiu mandando no jogo. Até o fim do primeiro tempo pelo menos duas oportunidades foram desperdiçadas. Primeiro com Clebson, que ficou com a bola de frente para o gol após domínio errado de Geovane Maranhão. O centroavante driblou bem o zagueiro, mas parou em Jefferson. Dois minutos depois, após boa troca de passes pela esquerda, Deoclecio ficou de frente para o gol na entrada da área, mas chutou em cima da zaga.
Tempo de sofrimento
"Foi aquela pressão ali, mas é mais gostoso, né?", brincou o zagueiro Marcelo no fim do jogo. Com a vaga garantida foi possível a descontração, mas em campo, não foi bem assim.
No início, um lance que teria mudado a história do jogo. Hiroshi faz jogada de craque, de frente para o gol, cortou um volante do Nova Iguaçu com a perna esquerda e tocou por cobertura com a perna direita de fora da área. Por pouco não fez o gol. Azar do meia, que teve um fim de jogo que passou longe do heroísmo.
A tranquilidade da vitória com um homem a mais e vários gols perdidos foi estranhamente desperdiçada. A defesa do Resende, tão sólida na Série D, pela primeira vez sofreu mais de um gol em um jogo, aos 12 minutos da segunda etapa. Ramon teve liberdade grande para avançar com a bola até a área. Na sobra do lance, Maycon tocou para as redes empatando a partida. 2 a 2.
Aos 18, o maior susto: em bola alçada na área do Resende, Jorge Fellipe se antecipou a Arthur e marcou o gol que seria da virada. Para o alívio dos torcedores, o zagueiro do Nova Iguaçu estava adiantado e o auxiliar apontou o impedimento.
Depois disso, Paulo Campos decidiu mexer na equipe. Tirou Muriel e Deoclecio e colocou Lucas e Pedrinho. Mas as alterações não tiraram a impressão de que quem estava com um a menos era o Resende.
O jogo cresceu em emoção. Em contra ataque, aos 35 minutos, Hiroshi tentou o passe em profundidade, Maranhão desviou e a bola sobrou para Clebson frente a frente com Jefferson. O atacante encheu o pé e a bola explodiu no travessão. O passe foi a última participação de Geovane Maranhão. Ele seria substituído por Gabriel, mas discutiu com o juiz e foi expulso.
A igualdade no placar e no número de jogadores deixou os nervos à flor da pele. Paulo Campos manteve a entrada de Gabriel e tirou Clebson. O Nova Iguaçu sentiu o melhor momento no jogo, faltando menos de dez minutos para o fim.
Aos 40, mais emoção. Hiroshi, um dos pilares do time perdeu a cabeça. Deu um pontapé em um jogador do Nova Iguaçu e foi expulso. "Perdi a cabeça. O juiz deixou todo mundo nervoso", admitiu o meia.
Ainda teve tempo para mais uma expulsão, dois minutos mais tarde. Dessa vez do atacante Maycon, do Nova Iguaçu. A equipe da baixada ainda tentou pressionar à base de chutão e assustou a torcida, mas não assustou Arthur.
Depois de apitar pela última vez, Wagner dos Santos Rosa precisou do auxílio da PM. Membros das duas equipes, insatisfeitos com a atuação do árbitro, reclamaram bastante. O Nova Iguaçu está fora e o Resende segue para próxima fase com dois importantes desfalques.
Ficha Técnica
Resende: Arthur; Marcelo, Thiago Sales, Admílton; Muriel (Lucas), Léo Silva, Deoclecio (Pedrinho), Hiroshi e Everton; Geovane Maranhão e Clebson (Gabriel). Técnico: Paulo Campos.
Nova Iguaçu: Jefferson; Belarmino, Júnior Lopes, Jorge Fellipe e Uallace; Rodrigo Oliveira (Rodrigo Almeida), Leônidas (Thiago Correa), Mossoró, Dieguinho (Glauber); Maycon e Ramon. Técnico: Marcello Salles.
Cartões amarelos: Clebson, Deoclecio, Everton, Gabriel (Resende); Júnior Lopes, Jorge Fellipe, Maycon, Uallace (Nova Iguaçu).
Cartões vermelhos: Geovane Maranhão, Hiroshi (Resende); Junior Lopes, Ramon (Nova Iguaçu)
Gols: Geovane Maranhão e Clebson (Resende); Maycon e Dieguinho (Nova Iguaçu)
Destaques
Resende: Geovane Maranhão estava bem até ser expulso. O mesmo vale para Hiroshi. Deoclecio teve bons momentos, assim como Thiago Sales e Clebson, mas ninguém conseguiu atingir protagonismo no time.
Nova Iguaçu: A pequena torcida foi o melhor do Nova Iguaçu. Animados, empurraram o time que por pouco não alcançou um resultado positivo. Dentro de campo, Belarmino, velho conhecido do Resende, demonstrou vontade e Ramon mostrou habilidade.
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