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Abaixo a ditadura da magreza!

 
A pelada, por natureza, é um ritual agregador. É só quicar uma bola na quadra da pracinha mais próxima que a criançada se aboleta. Simule dois cocos como trave na praia que alguém pede pra jogar. Junte uns dez que a de fora é minha. Não precisa conhecer ninguém, é só chegar e jogar. 
 
Até por ser assim, a pelada é isenta de formalidades. Não é necessário perguntar o nome se sempre tem alguma característica saltando da figura de cada jogador. Quem estiver com a camisa do time vira o time: "ô Flamengo, passa a bola! Olha o Barcelona livre". Quem tem moicano é Neymar. O negro que corre bem pode ser Bolt, o cabeludo pode virar Argentino. Enquanto isso, até ontem, o gordinho era simplesmente "ô gordinho". 
 
Padrão é chato. Mas tem situações em que ele é importante. Atletas devem ser saudáveis, magros, modelos não só de corpo, mas de comportamento. Isso tudo influencia diretamente no desempenho deles, então acho que é certo aceitar e concordar com esse padrão. Mas quando alguém foge e mesmo assim consegue acertar, é muito bacana! 
 
Quando o Hernane do Flamengo diz que atacante não precisa ser bom, precisa é fazer gol, o Walter pode pegar carona e bradar que é bom, além de fazer gol! Só não é magrinho como esse povo aí.  
 
Já vimos Ronaldo com um panção, Adriano bem cheio e outros mais gordinhos. Mas, normalmente, não estavam em grande fase e (ou) jogavam com o nome que haviam construído. Walter é pioneiro. Come biscoito mesmo, um monte, à noite, e no outro dia vai lá e faz gol. Surge para grande mídia assim, e batiza todos os gordinhos das peladas. Hoje mesmo aposto que tem um monte de "Walter" fazendo gol pelo país afora.  
 
E se eu ganho o par ou ímpar, hoje escolho Walter na frente de Luís Fabiano, Pato, Moreno e até do Fred.
 
Sai pra lá pessoal do frango grelhado, o dono da nove é o cara do biscoito. Recheado.
 
Ricardo Vieira

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